quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Entrevista com a Vice-Prefeita

Vice Atuante

A vice-prefeita Gladys Knaesel é formada em odontologia e cursada em especialização de turismo e lazer. Seu partido é o PSDB e trabalhou como secretária de Turismo por 8 anos e traz uma boa experiência no assunto. Quem está acompanhando os trabalhos da prefeitura já pode ver que Gladys é uma vice atuante, está sempre presente nas reuniões e dando suporte ao prefeito. E ela pretende continuar assim até o final de seu mandato. A vice-prefeita explica como será trabalhado o plano de governo que foi apresentado na eleição do ano passado e nos traz importantes detalhes do turismo. “Hoje como vice-prefeita eu tenho uma visão macro do município, não me atenho apenas ao turismo, mas a todas as secretarias de Pomerode”, concretiza Gladys Knaesel.


PZ: Vice-prefeita substitui o prefeito quando ele não está e você também não tem nenhum comando para administrar a cidade, porém você está muito presente na prefeitura. Você assumirá uma atribuição mais direta na administração?

GK: O prefeito Paulo me deu esse espaço e optou em fazer uma administração participativa. Ele está me dando a liberdade de participar de reuniões, procura minha opinião para tomar decisões. O espaço interno da prefeitura está sendo remodelado e vou ter uma sala própria, onde eu possa atender as pessoas e a imprensa. Isso já é um diferencial na administração do prefeito, é uma proposta onde a vice-prefeita ocupa o cargo e atua junto, não só como uma figura decorativa, mas como uma co-participação na tomada de decisões da cidade. É uma honra para mim e um motivo para parabenizar o prefeito. Pretendo continuar assim até o final do meu mandato, sempre colaborando com o nosso prefeito e dando suporte quando ele precisar. Na parte política, o foco é atender todo o cidadão pomerodense que precise de suporte da prefeitura, foi isso que prometemos na campanha e pretendemos cumprir o que falamos.

PZ: Como você irá auxiliar o prefeito a cumprir os compromissos assumidos durante a campanha eleitoral?

GK: Nós estamos tentando dividir algumas tarefas e o que é possível nós estamos fazendo juntos. Fizemos reuniões semanais com o secretariado, sobre planejamento das ações durante a semana. Estamos fazendo um governo realmente participativo, fico aqui até a hora que é preciso, procuro sempre estar presente. O meu propósito é atender a população quando ela precisar. É uma nova forma de administrar e acredito que estamos no caminho certo.

PZ: Existe uma meta especial a ser atingida no primeiro ano de mandato?

GK: No nosso plano de governo tínhamos propostas e metas a serem começadas já no nosso primeiro mês de trabalho. Só que em função das catástrofes ocorridas em nosso município, todo esse cronograma de implantação do nosso projeto teve que ser alterado. Agora a prioridade é reestruturar a nossa cidade, refazer as ruas que foram atingidas pelas chuvas e atender a população que foi diretamente afetada. A meta é tentar reerguer o nosso município, esse é o papel que cabe ao poder público. A primeira necessidade da população é ter acesso as estradas, as suas casas e ao seu local de trabalho. Temos também as escolas que vão reiniciar suas atividades e temos localidades em que o transporte coletivo não está podendo circular, como é o caso do Alto da Serra. São situações que nos preocupam muito e estamos tentando resolver, para isso que o prefeito foi eleito, para atender as necessidades da população. Nesses primeiros meses vamos nos dedicar integralmente a isso. E depois começar a implantar nossos programas e projetos que temos no nosso plano de governo.

PZ: Vai atrasar muito o plano de governo?

GK: Não tenho a previsão de tempo, são obras que dependem das condições do tempo para serem executadas, mas dependem muito mais de recursos. Houve uma promessa de envio de dinheiro do governo estadual e federal, mas essas verbas ainda não chegaram até nós. Estamos dependendo de dinheiro para fazer tudo o que o município precisa. Por exemplo, temos um levantamento de que precisam ser dragados 75 km de rios e ribeirões e para fazer esse tipo de obra precisamos de recursos e isso não foi previsto no orçamento da cidade. Todos sabem que a lei de responsabilidade fiscal não nos permite gastar dinheiro sem que haja uma previsão orçamentária. São questões que além de burocráticas, temos que ver como a lei nos permite fazer e sem esquecer a questão do tempo, pois há solos que ainda não podem ser mexidos. Por isso não podemos dar estimativas de prazos, temos que trabalhar com muito afinco para que esse prazo seja o mais curto possível.

PZ: Como foi sua experiência como secretária de turismo e como você vai aplica-lá como vice-prefeita?

GK: Nos oito anos que passei na secretaria de turismo tive um aprendizado muito grande em termo de gestão pública. Participei de uma fase nos primeiros dois anos onde não havia a lei de responsabilidade fiscal e a administração pública era feita de outra forma. A lei entrou em vigor quando a ex-prefeita Magrit Krueger assumiu a prefeitura e com isso todo o processo de gestão pública mudou. Foram conhecimentos adquiridos em relação a todo fluxo dentro de uma prefeitura, desde aplicação de recursos até a parte administrativa. A secretaria de turismo não funciona de forma diferente de qualquer outro setor da prefeitura, tem que obedecer as mesmas leis e acompanhar o processo administrativo. Com certeza o que aprendi, tenho condições de aplicar no cargo de vice-prefeita, a diferença é que na secretaria de turismo eu me preocupava com coisas referentes a essa área. Hoje como vice-prefeita eu tenho uma visão macro do município, dos problemas e das soluções necessárias para eles. A diferença é essa, hoje não me atenho apenas ao turismo, mas a todas as secretarias do município.

PZ: Quais são as novidades do turismo para esse ano?

GK: A novidade é uma reforma administrativa, criação de novas secretarias, descentralização na secretaria de obras e também alguma mudança na estrutura da secretaria de turismo. Hoje pensamos numa secretaria de turismo que abrace a cultura, o esporte e o turismo, seguindo o modelo da estruturação do estado. O próprio turismo funciona em função da cultura, os turistas procuram os traços da cultura alemã nas casas, no comércio, na gastronomia e nos produtos. Os eventos culturais que queremos promover trarão turistas para a cidade e da mesma forma para o esporte. Por exemplo, a nossa liga de vôlei; que acaba chamando pessoas de País inteiro para Pomerode, então não podemos mais pensar isoladamente. Mesmo que o evento seja para Pomerode, ele pode ser explorado turisticamente. Essas três áreas vão ter que trabalhar mais próximas e sempre de forma participativa. O turismo é conseqüência do esporte e da cultura. No turismo nós iremos alavancar atividades turísticas no município para atrair cada vez mais visitantes.

PZ: A área do turismo é uma das principais atividades econômicas?

GK: Não é a principal atividade, Pomerode ainda é uma cidade industrial, mas o turismo tem despontado como uma atividade econômica viável no nosso município. O turismo ainda pode ser mais explorado e incentivado, porque tem um grande potencial de crescer. Precisamos reorganizar esse setor para que a gente consiga alcançar as nossas metas que é incrementar a cultura na região, dar mais força e resultados econômicos para Pomerode.

PZ: No dia 15 de Janeiro teve uma reunião a respeito do FGTS, já se tem alguma resposta?

GK: A única resposta que tivemos foi de que o Estado reconheceu o nosso estado de calamidade. O prefeito anterior decretou estado de emergência e estado de calamidade, são duas coisas diferentes e isso permite com que faça coisas diferentes. Quando se declara estado de emergência não podemos liberar o Fundo de Garantia para Pomerode, se tivéssemos estado de calamidade reconhecido poderíamos pleitear isso. A primeira resposta que o secretário de Articulação Nacional Geraldo Althoff nos trouxe é que o governo do estado reconheceu o nosso decreto de calamidade, mas o governo federal por algum motivo não reconheceu. São questões burocráticas, temos que correr atrás e todos sabem que isso não é uma questão rápida de se conseguir. Temos que ter toda a documentação legal pronta para não correr risco ilegal e depois sermos punidos, é um pouco complicado porque qualquer gasto público deve ser analisado como será implantado.

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